NOITE DE ESTRELAS
Dancei
a valsa nas estrelas dos teus beijos
na ternura das pétalas aveludadas duma textura
inigualável.
Dancei em espaços astrais de todas as formas
e brilhos.
Ao som do pensamento e das tuas divinas palavras
dancei, rodopiei, vivi, amei.
Chamei a rosa, despertando para a felicidade dum jogo
dum misterio, de glórias merecidas.
Chamei a paixão, nas nuvens brancas, na tua pele
na boca do beijo.
Vivemos num paraíso perdido, num suspiro de liberdade,
na minha alma carente de luz.
A minha alma deseja o impossível
e...o impossível és tu.
Quem te dará poderes para me fazer sofrer esta mágoa carente?
Quem te obriga a viveres na solidão e sem mim?
Quem te abraça e beija com espinhos na boca?
Oh! poeta, que emerges em falsidade sem luz
Oh! desejo esquecido na mudança dum beijo, no cheiro duma vela rubra.
Ontem a minha alma cresceu em todos os horizontes, ela é livre,
amada, é ilimitada no desejo de ser feliz...
Em todos os caminhos irei procurar-te, ver-te lá longe onde
o meu beijo te suplique uma espera desordenamente longínqua.
Seremos somente um, olhando o mesmo mundo
o mesmo infinito...
Infinitamente, eu queria amar-te poeta...
Amália LOPES
Março 2009
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