sexta-feira, 3 de abril de 2009

AS LÁGRIMAS CAEM NO SILENCIO





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AS LÁGRIMAS CAEM NO SILENCIO



Levemente oiço o poente no silencio

das paredes, que me servem de companhia.


Dispo-me do vermelho rubro e subo sempre mais alto

nos degraus onde te espero.


Esgota-se-me o tempo em que te escrevo, é tarde

demais e as palavras silenciam-me a alma.


Ao longe oiço cada lágrima que cai sozinha dos teus olhos

 em mais uma tarde que te espero sentada

 em devaneios e desejos.

E o horizonte lá tão longe.


Oh! brutal ansiedade que sinto nas minhas mãos

e nos dedos que loucamente te escrevem

estas palavras nesta madrugada

que te espero, sem te ter.


Ontem, procurei-te nas páginas seguintes desta história,

na poesia, no cetim dos lençóis,

procurei-te, no cansaço das minhas mãos.


O tempo é a saudade

o sol são recortes de luz.

E...a saudade, chora comigo nas horas do silêncio...



Amália LOPES


março, 2009, os dias são iguais



 

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