domingo, 24 de maio de 2009


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ESCONDIDA DO TEMPO



De ternura me visto, de solidão os meus olhos choram.

Deito-me na pedra do rio que corre

e sinto o teu cheiro misturado na água cristalina

e visto-me de amante para te esperar.


Revolto os trapos e tapo a minha nudez

que o luar beija noite após noite.


De nada serve a nudez a pele cheirando a rosas brancas

se os teus olhos se escondem do tempo,

do nosso tempo.

Na gaveta escondo saudade, luar e mãos de poeta

que ontem me afagaram a face.

Guardo tambem

os beijos de amantes.


Oh saudade e desvario, oh nudez coberta de mil pétalas

oh cansaço de viver amando-te sempre

e tão só.


Assim me escondo do tempo e, tambem

de ti, saudade...


Amália LOPES

Maio 24/2009


sábado, 23 de maio de 2009

Um lindo poema do meu amigo e Poeta Eugénio de Sá

SONHO EMPRESTADO
Eugenio de Sá
 
Empresto-te o meu sonho de poeta
Minha amiga, já que os teus esgotaste
E esta noite sonharás desperta
E eu dormirei amando o que sonhaste

Sentir-te-ás voando em nuvens altas
Correndo os dedos em cítaras divinas
Das tuas dores não sentirás a falta
Porque elas se tornaram pequeninas

E contigo estará este lirismo
Que fez de mim poeta e me dotou
Da magia de amar que hora te dou

Enquanto eu, amiga, ficarei
Esvaziado de mim mas encantado
Porque afinal é teu o meu sonho emprestado


MULHER///DEUSA

 

Vestida em raios de luar

Sentimentos que seguras ao vento

Protegida por ti mesma, em ondas de carinho

Olhas o mar espalhando carinho

Em cada grão de areia.

////

Tuas veias são rios de poesia

Habitas na terra mas o teu mundo

É o sol...

 

És coroada de pérolas

Teu corpo é um manto de estrelas

Cheirando a pétalas de carinho.

////

MULHER,

teu sonho é o amor

tuas mãos a felicidade

 és o amor que procuras

és um sorriso de candura

 

 

HOMEM/AMANTE

 

Teu cheiro a seduz

Teu corpo a penetra na noite dos segredos

És tesão, és desejo

Não a toques, ela é de fino cristal

Ela quer sempre mais

Ela quer AMOR

ELA QUER PAIXÃO...

 

Amália LOPES

8 de MARÇO 2009

MULHER PAIXÃO

 

  Teu olhar

 navegando entre a lua e o sol.

Pétalas e perfume têm gostinho de paz.

Seu andar são cascatas de luz,

Soltam-se de ti palavras em matizes pintadas

na sombra da ternura.

 

Paixão Mulher

Beijos doces aromatizando a pele macia

de quem saboreia, esse prazer gostoso.

Destino em forma de lágrimas

Coração a pulsar de paixão.

 

Mulher Paixão

Labirintos de dor, sonhos em

Arabescos de ilusão embalam

teus segredos de menina.

Danças por entre as sombras dos raios

De luar, buscando do nada

a ternura esquecida.

Mãos delicadas refugio de amante,

nas sombras da noite.

 

Paixão Mulher

Encanta as estrelas e enamora-se da sombra

dos teus passos.

Tu, não a mereces, tua alma é pequena.

Na embriaguez doce dos teus beijos, segue perdida

das emoções vividas.

Perdi-me do tempo

Perdi-me de ti...

 

MULHER POEMA...

MULHER PAIXÃO...

 

Amália LOPES

janeiro 2008

 

sexta-feira, 22 de maio de 2009

POESIA



Vestes o meu corpo depois de o enfeitares

de calma, e, nas secretas luzes do

meu grito quando pronuncio o teu nome.


Na companhia dum vento de luz, és a sensibilidade da

minha pele e do amor que respiro

nos poros com o cheiro dos lilases.


Na poesia celebro a saudade, a inocência

duma paixão, a paixão das palavras.


A saudade não é de ti, mas o divino

honrar do significado das doces palavras

que me enternecem enquanto escrevo

e na noite longa, sai sempre uma canção de amor.


Jamais, tu poesia me deixas só

Jamais, tu poesia me negas o beijo

Jamais, tu poesia  me abandonas nas madrugadas.

Com uma vénia te agradeço, POESIA...


Amália LOPES

hoje é maio 22/2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009


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DESCENDO OS DEGRAUS DOS SONHOS

Fantasias desnudas, sem véu.
Estrelas, mágica presença
Pétalas de mil cores, beijos de poeta.

Emoção, pura magia.
Momentos, repetem-se dia após dia.
Beijo, delírio de ti...

amália

maio 2009

ENCONTREI UM VIOLINO



Na mesa dum cigano coberto de pétalas

com o perfume duma serenata.

Um violino sonhador tal qual o teu olhar

na nobreza do vinho que perfumava duas taças

a tua, a minha, bebi dessa taça

brindei ao amor, à paixão,

brindei aos teus olhos.


Sonhei entre cetim e veludos, deslizei 

dentro da tua pele, numa barreira do impossivel,

em instintos aflorados.

Era esse o meu alimento, num minuto transformei-me em sol

aqueci-te entre beijos e carinhos.


Espera meu amor!

quero-te sublime, 

quero-te nesta sinfonia do meu violino

quero-te no meu jardim de folhas secas

quero-te sim, amor, na minha janela olhando mais 

um luar, mais uma estrela.


Quero-te voando entre gaivotas e papoilas

entre camélias e lilases.

Lá longe, eu escuto o teu canto, mas sei

que não vens.

Eu sei que não aqueces o colorido dos meus 

olhos, e, sei que alguem te levou na brisa

seca de mais uma primavera, soltam-se lamentos

mas a porta está fechada.


Ontem com pedrinhas delicadas tu escreveste a palavra

felicidade, mas hoje

ela perde-se nos labirintos da minha memória

que te procura na imensidão das sombras.


Procuro-te sim, amor

nos desencantos e na lucidez do meu amar,

na revolta do meu tempo

na tua ausência desta noite tão eterna.


Na noite dum passado, ofereci-te o meu corpo

sem pudor, agora, não te procuro mais,

vem tu e abraça-me hoje.


Procuro-te sim, AMOR...


Amália LOPES


Maio 19/2009


ESCREVER



É a mania de actualizar a vida, os passos, o sol, o gosto pelas palavras, os

minutos que penso em ti.

Esta mania de falar de ti,  nem sei se existes, se és sonho ou uma quimera.

Mas, porque existo e amo, existe algo, e um dia vou aprender a viver tão só, sem ti.

Eu sei que és bocados duma história, minutos do meu dia.

Eu sei que estás aqui entre as paredes que olho,  na aguarela que pintei sem que alguem tivesse olhado entre o pincel e  a tua presença. 

Vou escolher outro caminho, outro sol, mas à noite sinto o teu colinho e adormeço tão 

enroscada, que, nem sei se existo.

No canto esquerdo do meu corpo, estão as emoções, o cheiro de ti, o jardim das minhas lágrimas, o silêncio do meu céu.

No alvorecer duma noite, espero,  espero-te sempre, em cada momento, e sei que tu és o meu melhor caminho. 

Que loucura é esta que me faz de louca e poeta, de mulher e amante?  Encontro pedaços de ti em cada esquina da minha vida,

 percorro a minha alma e encontro nobremente a delicia e os nectares que sorvo de ti em goles e taças de quimeras e 

nos teus gestos há sempre um amanhã.

Talvez me permita em devaneios de  silencio para te sentir mais perto, não te quero roubar nada, nem um minuto, 

mas sinto que te quero todo para mim.

Podes não voltar mais, mas nunca hei-de deixar o vento apagar as lembranças

de ontem, nem o fogo da tua existência que sobrevive dentro da volupia do meu ardor.

Sempre tu, sempre eu, quero escrever sobre borboletas e lilases, mas estes destinos entrelaçados pela saudade

 só me deixam falar de ti.

Não quero mais, sinto que dei um basta neste desvario que me consome, basta mais uma vez,

 vou lembrar de gaivotas e papoilas, vou escrever sobre tudo e nada,

vou amar o vento e as rosas porque as pétalas têm o te cheiro, não quero mais falar de ti e dos beijos que me queimam em cada minuto, 

sufocas-me em abraços, não, não posso falar de ti.

Tenho que aceitar a minha decisão, mas ontem senti o teu cheiro dentro da minha boca que me pede tanto os teus beijos, não, 

não posso falar de ti.

Quero tanto falar de bosques encantados, de riachos e água cristalina, quero tanto falar de ti.

Em cada minuto eu espero que a rosa branca abra para te ver inteiro nas pétalas que vão abrindo como o teu abraço. 

Na fresta da porta, abracei-te tanto meu amor, mas eu não posso falar de ti.

As crianças são o ponto mais alto da nossa visão, as suas palavra são dóceis, o olhar duma ternura encantadora, 

falam tão débilmente que o mundo é sempre tom rosa suave, tão suave como os seus sonhos de algodão, tu, meu amor, fazias-me sonhar assim, 

envolta em algodão doce, lembras quando sonhámos em paralelo, eram iguais os nossos sonhos, sempre iguais, mas eu não posso falar de ti.

Numa partilha de sonho eu queria voltar a sonhar sempre, contigo meu amor...

O mar estava sempre calmo e a areia escorria entre os meus dedos, contei os teus beijos em cada grão de areia, 

lembrei-me tanto de ti, as cócegas que as ondas me faziam  na minha pele lembrava-me os teus carinhos, 

uma ternura deixada ao acaso, o acaso és tu ali tão visivel, tão meu, esta liberdade de viver contigo faz-me sentir aquela onda solta na areia.

Não queria falar de ti. Mas, lembro-me tanto de ti... 

Escrevo palavras, escrevo esta história cheia de pormenores e virgulas, 

cheias da minha vida e da tua, 

falando de sentimentos, é uma verdade, é um sonho feito loucura que percorro

nobremente em caminhos perdidos.

Quero sentir uma brisa bailar no meu rosto, quero sentir  do beijo o seu gosto, 

quero encontrar-me dentro de mim, 

nos meus desejos ganhar sabor, na poesia existir como uma embriaguez solta e 

ganhar a vida dentro de mim.

Pedi à solidão um tempo, porque estava a escrever para ti, 

esta carta.

Mas eu não queria falar de ti...



Amália LOPES

Maio 2009/20 de


terça-feira, 5 de maio de 2009





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ROSAS BRANCAS


Rosas brancas aveludadas

recebi das tuas mãos,

mãos de poeta que à tardinha me embalou.


Rosas brancas são a força dum orgasmo amadurecido 

são o brotar duma explosão nos meus sentidos.


Rosas brancas na eternidade nunca murcham

e secas viverão até um dia,

são o reviver dum sonho 

duma alegria, dos teus beijos

dos teus abraços

numa liberdade que me deste neste dia...e,

o poeta fez amor com um sorriso limpo 

e de alegria em arabescos duma felicidade

tão esquecida...


cada dia é uma página da vida

e, a cada minuto,

espero um beijo de ti...


Amália LOPES

1 maio 2009


CORAÇÃO ENTREABERTO



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CORAÇÃO ENTREABERTO



Quando tu procuras entre as mil rosas

do teu jardim, o meu cheiro

não sabes escolher a pétala

onde descanso, e,

te espero desde ontem para te amar.

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Não sei se tens o que me apetece, 

os meus motivos são outros mais alem.

Mas irei entretendo a minha alma

com efeitos deslumbrantes e coloridos

ate ao meio-dia, nessa hora 

no meu coração entreaberto

só irás entrar se eu o desejar.

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Oh! quimeras onde te deitas, oh! ilusões

que dormem contigo noite após noite.

  A minha porta

ficará entreaberta sempre.

Lá, encontras não só a saudade, a

melancolia, mas um raio de sol na minha mão...



Amália LOPES

4 maio 2009