AS LÁGRIMAS CAEM NO SILENCIO
Levemente oiço o poente no silencio
das paredes, que me servem de companhia.
Dispo-me do vermelho rubro e subo sempre mais alto
nos degraus onde te espero.
Esgota-se-me o tempo em que te escrevo, é tarde
demais e as palavras silenciam-me a alma.
Ao longe oiço cada lágrima que cai sozinha dos teus olhos
em mais uma tarde que te espero sentada
em devaneios e desejos.
E o horizonte lá tão longe.
Oh! brutal ansiedade que sinto nas minhas mãos
e nos dedos que loucamente te escrevem
estas palavras nesta madrugada
que te espero, sem te ter.
Ontem, procurei-te nas páginas seguintes desta história,
na poesia, no cetim dos lençóis,
procurei-te, no cansaço das minhas mãos.
O tempo é a saudade
o sol são recortes de luz.
E...a saudade, chora comigo nas horas do silêncio...
Amália LOPES
março, 2009, os dias são iguais
Sem comentários:
Enviar um comentário